domingo, 22 de novembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Medicina moderna X Biomedicina e a constituição da subjetividade

O deslocamento entre a medicina moderna e a biomedicina no que diz repeito ao corpo e a constituição da identidade pessoal segundo Pinheiro (2006)
por

Emanuela Fernandes

O lugar central do corpo do domínio médico possibilita uma relação do sujeito consigo mesmo. A formação de sua identidade se caracteriza por essas circunstâncias aos limites da corporeidade; que é algo datado da Modernidade. O que se tem com ela é uma realidade mutante e é com ela que se inaugura uma forma de ser subjetivo; como algo que diz respeito à individualidade corporal (antes se pensava a doença na natureza!). Agora se tem um novo campo de experiência, que é a experiência subjetiva na qual a identidade pessoal está intrinsecamente ligada ao corpo e que é entendido a partir da relação de vida e morte, de finitude. Tem-se, portanto, o corpo tornado doente, rompendo com o dualismo, engendrando uma ideia enraizada na existência corporal, nas sensações, nas vivências, etc. Daí afirmar-se que " a identidade está circunscrita aos limites corporais, não sendo possível extrapolá-los".

A contemporaneidade, a era da biomedicina demarca a oposição entre o indivíduo e o geral e o universal. Situa o indivíduo infinito, constitui o objeto dos discursos clínicos característicos da medicina anatômica. Isso indica mudança de paradigmas no que diz respeito à corporeidade, deixando de ser referido à finitude, constituindo-se assim, na matéria-prima da normalidade biológica. Isso implica a "desencarnação", como diz a autora, da subjetividade, perdendo a referência temporal e espacial. Agora temos a medicina do "devir humano".

Vendo o filme Gattaca, podemos perceber que o que se pretende é programar sequências genéticas, combinar genes, recombiná-los. Há, portanto, uma leitura genética codificada, uma biodiversidade, que vai além, buscando fazer com que a doença não se atualize, buscando extirpar do seio da sociedade a doença. Com essas práticas, a dependência entre identidade, individualidade e corpo se perdem. Para isso basta ver o que se propõe no filme Minority Report: a nova lei, em que o sujeito é invadido em sua individualidade, subjetividade em nome da Norma, da lei, já que o normal é não matar e assim evitar que se mate.

Essa programação independe do organismo!



Fortaleza, maio de 2009.

Canguilhem e o Normal e o Patológico

A Heterogeneidade e a Continuidade entre saúde e doença, normal e patológico segundo Canguilhem
por
Emanuela Fernandes

Segundo Canguilhem, houve duas maneiras de se pensar o normal e o patológico, a saúde e a doença. Uma partia do princípio de que havia uma heterogeneidade entre esses conceitos, onde doença e saúde eram duas coisas separadas e independentes. Outra pensava esses conceitos como homogêneos e, portanto davam uma ideia de continuidade; agora o que se tem já não era visão qualitativa; ou se era doente ou são, onde encontraríamos oscilações para mais ou para menos. O ser doente não é um ser anormal, é um ser que vivencia uma doença, é viver uma vida diferente. Com isso ele se refere ao conceito qualitativo, estético e moral. O que se pretende é dominar a doença e isso implica em conhecer suas relações com o estado nrmal que se pode restaurar, já que se ama a vida.

Com Morgagni, temos a decomposição anatômica e isso possibilita uma relação entre normal e patológico; onde os fenômenos patológicos são nada mais que variações quantitativas para mais ou para menos e isso na tentativa de anular o patológico.

Com Comte se busca estabelecer as leis do normal e com Bernard, precisar a identidade numa interpretação quantitativa e numérica. A doença é uma experimentação instituída pela própria natureza em circunstâncias bem determinadas buscando atingir o inacessível.

O conceito de normal e patológico visado anteriormente era um julgamento de valor e não uma realidade, ou seja, doente ou não. Entre eles não há diferença entre quantidades que não podem ser traduzidas apenas em diferenças quantitativas. Não é um simples prolongamento quantitativo variado. Com isso, o objetivo é criticar o positivismo, isto é, a separação corpo/doença. Propõe o conceito de alteração que é vinculada à noção de continuidade, de homogeneidade. Apoiado em Bernard, criticou o conceito de média. Pensando dessa forma, se pergunta pelo ser da doença para poder localizar e agir.

Pensando na heterogeneidade, caímos em uma questão normativa, estabelecida; ou se é doente ou não, criando-se uma norma! Já a homogeneidade, pensada como algo contínuo vai além de quantidades, em que a média é discutida no que diz respeito a ser mediano. A discussão é: existe alguém que se encaixe na média? Está claro que ela existe, mas não deve constituir a norma, mas a norma é que deveria ser pensada a partir dela.


Fortaleza, maio de 2009.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Filme



Hoje assisti a esse lindo filme...

Linha de Passe, de Walter Salles (um dos mais importantes e aclamados cineastas brasileiros), é um filme bastante realista, sensível e, sobretudo, humano. Sua estética crua e documental, que busca captar e representar a realidade tal qual ela se apresenta aos nossos sentidos, sem acobertamentos, omissões ou falseamentos.

Temos no filme grandes questões: a 'explosão' das igrejas evangélicas no Brasil , o futebol como esperança de ascensão social, a marginalidade como modo de aquisição e a necessidade da figura de um pai.

E e nesse cenário que dá a intrigante trama da vida desses 4 garotos, que embora pareçam estar desenhadas juntas, se distanciam a cada segundo, mostrando que cada um trilha seu ccaminho de acordo com o seu desejo. E assim, cada um deles segue seu rumo... buscanso formas de se reinventar....

Espero que você queira vê-lo também... Vale a pena...

Veja mais sobre o filme

Filme

http://www.paramountpictures.com.br/linhadepasse/

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Curso Interessante



Colega,


aqui temos um site em que podemos participar de um curso com video-aulas sobre Transtorno de Défict de Atenção e Hiperatividade (TDAH) muito legal. Ao final do curso, se você somar 6 das 8 palestras, receberá o certificado de participação. É gratuito e as palestras são ao vivo, mas se você não puder, estarão no site para que você possa vê-las depois...


Dá uma olhadinha.... Vale a pena....Clique na imegem e aproveite...






sábado, 30 de maio de 2009

Novidade!

Muito legal o Congresso.... Tive o prazer de ouvir trabalhos maravilhosos!!!!

Veja quem estava lá...




sexta-feira, 15 de maio de 2009

"Je ne suis jamais. Je deviens."

( Eu não sou jamais. Eu me torno)
André Gide


Quem foi André Gide?? Acesse e veja:

André Gide

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Museu Imagens do Inconsciente

Visite o Museu das Imagens do Inconsciente! Vale a pena!

Museu expõe capacidade artística dos pacientes

A história do Museu do Inconsciente confunde-se com a de sua fundadora, Dra. Nise da Silveira (1905-1999), uma psiquiatra que se posicionou desde seus tempos de faculdade contra o eletrochoque, a lobotomia e outros tipos de tratamento. Estes métodos são hoje considerados desumanos pela opinião pública e pela maioria dos profissionais que trabalham com doentes mentais.

A não concordância com essas formas de tratamento, demonstrada pela Dra. Nise, desde o início de sua carreira, levou-a a criar, em 1946, o Serviço de Terapia Ocupacional do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Sob sua orientação, os funcionários do centro psiquiátrico começaram a estimular os internos a terem contato com várias atividades artísticas. A partir deste contato, que incita a criatividade, o paciente passa a ter novas ferramentas para se expressar e refletir seu estado psíquico. Através da pintura, da escultura e outras formas de expressão o esquizofrênico pode representar seu mundo interno, suas angústias ou seu processo de cura, já que é uma característica da esquizofrenia a dissociação e desordem da linguagem.


-->Museu

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Foucault


Michel Foucault



Veja:

Espaço Michel Foucault

domingo, 10 de maio de 2009

Psicanálise


Elisabeth Roudinesco

Psicanalista e historiadora da psicanálise, a autora também tem formação em lingüística e foi aluna do semiólogo Tzvetan Todorov. Ativista política em seu país, tem como tema de estudo o papel da psicanálise na sociedade, além de opor-se ao tratamento individual, que considera conservador, e ao uso excessivo de medicamentos. É autora de mais de vinte livros, entre os quais os dois volumes da "História da Psicanálise na França".

Bibliografia

"O Paciente, o Terapeuta e o Estado" (2004)
"A Família em Desordem" (2002)
"Por que a Psicanálise?" (1999)
"Dicionário de Psicanálise", com Michel Plon (1997)
"História da Psicanálise na França" (1994)

Leia mais:

* Resenha de A Família em desordem.

* Resenha de A Família em desordem.

* Entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

* Entrevista Elisabeth Roudinesco - Parte 1

* Entrevista Elisabeth Roudinesco - Parte 2

* Entrevista Elisabeth Roudinesco - Parte 3

* Entrevista Elisabeth Roudinesco - Parte 4

sábado, 9 de maio de 2009

Fenomenologia: Jaspers




A psicopatologia geral de Jaspers


Para Jaspers a psiquiatria se volta para os casos individuais e a psicopatologia se desenvolve no domínio dos conceitos e das regras gerais.

A compreensão do fenômeno pode ser estática, genética ou total, implicando na constituição do ser.

Quatro grupos de fatos a serem estudados:


* Os fenômenos vividos (consciência)

* O rendimento objetivo (apreensão, memória e inteligência,)

* Os fenômenos somáticos.

* Objetividades de sentido (estruturas de percepção).


A descrição do fenômeno é a premissa fundamental da psicopatologia geral de Jaspers.



Uma análise crítica da contribuição da fenomenologia ao pensamento psicopatológico: a psicologia compreensiva e genética de Karl Jaspers.


Articulação conceitual de apreensão das vivências psíquicas: compreensiva, explicativa e fenomenológica.

Explicação: algo externo e objetivo.

Compreensão: algo interno e subjetivo

Psicologia compreensiva: estabelecimento das relações de origem de um fenômeno psíquico a partir de outro fenômeno psíquico.

1. Compreensão fenomenológica – representação interior da vivência

Compreensão expressiva – percepção imediata do significado psíquico.

2. Compreensão estática – as qualidades e estados psíquicos individuais.

Compreensão genética – emergência dos eventos psíquicos conforme se dá em conexões motivadoras.

3. Compreensão racional – compreensão ideativa dos conteúdos racionais.

Compreensão empática – compreensão psicológica do próprio psiquismo.

4. Compreensão – manifestações verbais

Interpretação – aplicar conexões já compreendidas por outros meios.


A abordagem fenomenológica em psicopatologia


Sintomas objetivos – todos os eventos concretos que podem ser percebidos pelos sentidos.

Sintomas subjetivos – através do pensamento racional são compreendidos sem auxílio do psiquismo do paciente.

Psicologia objetiva = fisiologia

Psicologia subjetiva = preservar a vida psíquica.


O estudo sistemático da experiência subjetiva – antes que uma investigação válida possa se iniciar é necessário identificar os fenômenos psíquicos específicos que serão seus objetivos, e estabelecer as diferenças e semelhanças entre estes e outros fenômenos com os quais podem ser confundidos.

As limitações da empatia – nossa preocupação pessoal é sempre com aquilo que é o objeto de nossa experiência, e não com o processo mental relacionado a ela.

Isolando os fenômenos – o primeiro passo em direção a uma compreensão científica deve ser classificar, definir, diferenciar e descrever os fenômenos psíquicos particulares, os quais são assim atualizados e regularmente descritos com terminologia específica. (superação das pré-concepções)


Método de análise fenomenológica


1. A imersão nos gestos, comportamentos e movimentos expressivos.

2. A exploração pelo comportamento direto ao paciente e por meio da avaliação que os próprios pacientes, sob nossa condução, fazem de si mesmo.

3. Autodescrições escritas – experiência psíquica subjetiva.


Indicações da representação do fenômeno:

1. Observar suas origens

2. As condições e circunstâncias que surgem.

3. Seus conteúdos e elementos

4. Indicações simbólicas


( Resumo Feito por Janaina)

Fenomenologia: Pathos

O que é Pathos?

O conceito de pathos traz consigo possibilidades e problemas mais amplos que o sentido de doença, não fazendo parte de um só campo de estudos como a palavra ‘patologia’ indica. O pathos seria compreendido como uma disposição originária do sujeito que está na base do que é próprio do humano. Assim, o pathos atravessa toda e qualquer dimensão humana, permeando todo o universo do ser. Heidegger foi uma das pessoas que mais clareou a idéia de pathos, dizendo que ele faz parte da dimensão filosófica do homem. Para Platão pathos era o fato de ‘espantar-se’.
Pathos é essencialmente dis-posição fundamental, que antecede o conhecer e o querer. A ideia de sentimento, dor, sofrimento nada tem a ver com o conceito originário de pathos. Pathos está no cotidiano cultural como algo mais amplo que o da doença. Heidegger diz que remonta a sofrer, aguentar, suportar, tolerar, deixar-se levar por e convocar por. Para ele não era espanto, mas certeza. Essa dis-posiçao se torna muitas vezes o elemento motor, o sopro da vida de toda uma existência. Tudo que envolve a dimensão phática envolve o entendimento do que é estruturante de toda e qualquer destinação humana possível.
Pathos é paixão humana. As paixões passaram a fazer parte das noções psicológicas. Não cabe reduzi-lo a um sintoma, a excepcionalidade do adoecer, do desvio. Antes tínhamos como exagero extremo e hoje temos uma forma mais ampliada. O pathos está na essência mesmo do ser humano e não só na excepcionalidade do adoecer.
O homem é um animal phático. Segundo Nietzsche, o homem é um animal doente. O doente aqui no sentido de pathos, sofrimento; pois basta estar vivo.
O sofrimento é uma parte integrante da existência humana. É mais que uma parte, ele a marca, a posiciona. Ele está aí e não escapamos dele. Pode-se atravessar a vida ser ter ficado doente, mas não se pode atravessar a vida sem sofrimento. A partir do sofrimento humano se abre a porta para o pático e não do patológico!

Fenomenlogia


O que é a Psicopatologia Crítica?

A psicopatologia crítica não tem como objetivo ser um enfoque ou uma disciplina, muito menos ela se alia a uma determinada abordagem, mas sim ela se refere a uma perspectiva a ser tomada em qualquer perspectiva de estudo da psicopatologia e suas manifestações. O que ela vem colocar em cheque é uma epistemologia individualista que perpassa todas as abordagens da psicopatologia tradicionais, marcadas pela ideologia individualista que faz parte do mundo ocidental. Está claro que a fenomenologia serviu de suporte para o delineamento dessa teoria uma vez que a autora faz uso de tal linha, mais precisamente a fenomenologia de Merleau-Ponty.

Fundamentos para uma psicopatologia crítica:

1. A psicopatologia crítica será compreendida de forma não dicotomizada, mundana.

O que se busca é compreender a doença mental de forma mais ampla, que transcenda o dualismo tradicional. Essa proposta tem como base o conceito de homem mundano. Com isso Merleau-Ponty rompe definitivamente com a dicotomia homem/mulher; indivíduo/sociedade; real/imaginário. Assim, a vida do homem se encontra envolvida no mundo sensível, na história e na cultura.

2. A psicopatologia crítica será necessariamente não individualista, priorizando uma compreensão cultural e histórica do fenômeno psicopatológico, sem perder de vista sua compreensão também biológica. A idéia é redimensionar ao contexto social, sem esquecer a parte biológica, é claro, mas considerando aspectos como a distribuição de bens, por exemplo. Trata-se de usar uma lente cultural para compreender a experiência psicopatológica em sua complexidade histórica e ideológica da doença mental, rompendo radicalmente com os modelos mais conhecidos de psicopatologia que atribuem a origem e responsabilidade da doença mental ao indivíduo.

3. A psicopatologia crítica não pretende uma neutralidade científica. Essa neutralidade, ancorada no biologicismo, só é conseguida pelo tradicional porque o sofrimento psíquico é visto individualmente, com tom asséptico e por isso o profissional se coloca em uma posição neutra. O que se pretende então é o contrário, onde cuja leitura do quadro seja também social, cultural, ideológica embora sem esquecer o biológico, mas agora não somente ele importa.

4. A psicopatologia crítica busca a etiologia da enfermidade mental, não se restringindo à sintomatologia. Não queremos dizer que o sintoma não seja importante, mas é entendido apenas como uma linguagem. Trata-se de uma compreensão do fenômeno psicopatológico que transcende a sintomatologia. Eles são as expressões do Pathos, mas o que se busca é uma escuta múltipla, já que a extinção do sintoma não significa cura. O que se retende é buscar a origem dos fenômenos; ou seja, compreender o que determina a experiência psicopatológica para então poder tratá-la. A etiologia é parte fundamental da psicopatologia crítica através de suas três dimensões: endógena, cultural e situacional. Assim, nenhuma patologia existirá a partir de uma dessas dimensões, mas sim, a partir do entrelaçamento delas através de múltiplos contornos. Com isso se evita uma visão dicotomizada do sujeito. Não busca a causa pela causa, mas resgata pelo entendimento mínimo dessa etiologia como múltiplos contornos, onde o homem não separa as dimensões, mas sim constitui as dimensões e constituída por ela; pois o mundo e o homem se constituem entre si, numa dialética onde não cabe a síntese, somente um continuo de teses e antíteses.

5. A psicopatologia crítica compreende toda experiência psicopatológica como uma experiência de despotencialização, sem confundir sofrimento com psicopatologia. Essa despotencialização faz o sujeito se sentir sem forças para agir. O perigo está em tratar o sofrimento psíquico como doença. O luto e a ansiedade são naturais em um processo de luto, por exemplo.

6. A psicopatologia crítica é desideologizadora. A partir do momento que temos uma doença mental produzida culturalmente, também a partir de processos ideológicos, a psicopatologia, enquanto o lugar de estudo assim deve ser. Ela buscará a compreensão ideológica do doente mental dentro da estrutura sócio-histórica em que este vive, se relaciona, trabalha e adoece. Perguntará qual a função da doença neste contexto ou em que medida existe um grupo específico da sociedade que tem interesse em que ela exista.


Psicanálise: Histeria Masculina



Aqui temos o powerpoint do seminário apresentado na disciplina de Psicopatologia Psicanalítica cujo tema era:

-->Homens em busca de amor

Psicopatologia Comportamental













Aqui tenho o powerpoint do trabalho apresentado na disciplina de Psicopatologia Comportamental sobre O Jogar patológico e O comprar compulsivo.

-->Apresentação

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Filme: Minha Vida em cor de rosa

Minha Vida em cor de rosa (Ma Vie en Rose)




Sinopse

Ludovic de 7 anos vive com seus pais e irmãos e acha que é um menino-menina e que vai se transformar em menina a qualquer momento. A criança como protagonista levanta a questão da homossexualidade (neste caso, transexualidade) como condição inata, retira a perversão, elucidando ser apenas uma característica da pessoa, alheia à sua vontade. Recebeu 1 Globo de Ouro, 11 outros prêmios e 5 indicações. Roteiro/direção: Alain Berliner.
Noooossa!!! Esse filme é maravilhoso, nos emociona muito....Ludovic, inocente e de uma doçura ímpar que nos conquista com seu sorriso e olhar verdadeiros, sofre preconceito e rejeição causados pela intolerância e obtusidade da vizinhança, apenas por ser quem ele é, sem fazer mal a ninguém. Um filme especial, no tom certo, que fará com que pessoas com um mínimo se sensibilidade repensem alguns de seus preconceitos.

Elenco

Michèle Laroque/Hanna Fabre, Jean-Philippe Écoffey/Pierre Fabre, Georges Du Fresne/Ludovic Fabre.

Filme A excêntrica Família de Antonia

A excêntrica família de antonia


Antonia acorda e sabe que este é seu último dia de vida. Contudo, ela não está abalada. Faria tudo como sempre, chamaria os amigos e parentes, fecharia os olhos e morreria com o sentimento de dever cumprido. Após essa breve apresentação, voltamos ao passado para acompanhar a vida da matriarca Antonia, narrada por sua bisneta. Assim começa A Excêntrica Família de Antonia (Antonia, Holanda-Bélgica-GB), premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1996, produção peculiar e inspiradora que proporciona ao espectador sentimentos mistos de alegria, tristeza, satisfação e melancolia, retratando a vida de uma mulher espirituosa e independente, interpretada por Willeke van Ammelrooy que, no final da Segunda Guerra Mundial, vinte anos depois de partir, volta ao lugar onde nasceu, uma pequena vila no interior da Holanda, para começar uma nova vida com sua jovem filha Danielle (Els Dottermans).
Ao seu redor, a notável história de cinco gerações de uma família e de uma comunidade repleta de personagens curiosos, como uma mulher solitária, a louca Madonna (Catherine ten Bruggencate), que uiva para a lua cheia, ou o casal de "atrasados mentais" Deedee (Marina de Graaf) e Boca Mole (Jan Steen), além de um fanático estudioso de Schopenhauer e Nietzsche conhecido como Dedo Torto (Mil Seghers), entre outros.
A diretora Marleen Gorris soube dosar momentos de alegrias, tristezas, tragédias e superação de modo eficiente e integrado, passando por discussões sobre vida, morte, filosofia, matemática e religião. Até a preferência sexual das personagens é exposta de forma não apelativa e plasticamente bem feita, seja quando Daniele se apaixona pela professora da filha, nas visitas que Antônia recebe do vizinho apaixonado à noite ou mesmo no amor dos dois deficientes. A necessidade de justiça também é um tema constante. Antonia não espera por ela, mas executa-a com as próprias mãos, seja para defender seu círculo afetivo ou qualquer um que precise dela e não tenha a quem recorrer - mesmo que seus atos nem sempre sejam muito éticos. Ao acusar o estuprador Pitte (Filip Peeters) em um local público, por exemplo, desencadeou os acontecimentos que culminaram em sua morte.
Acusado de ser uma ode ao feminismo, talvez por mostrar os homens como seres secundários, sem vontade própria, que são apenas conduzidos pela imposição das mulheres da casa e seus estilos de vida que vão se sobrepondo a cada geração, percebemos que o que mantém a família de Antonia unida, apesar dos acontecimentos e das tendências de cada um, é sua própria generosidade, sempre disposta a continuar e recomeçar. Quando a morte chega, todos que partem vão com o coração tranqüilo, deixando apenas saudades e boas recordações.