terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Filme: Minha Vida em cor de rosa

Minha Vida em cor de rosa (Ma Vie en Rose)




Sinopse

Ludovic de 7 anos vive com seus pais e irmãos e acha que é um menino-menina e que vai se transformar em menina a qualquer momento. A criança como protagonista levanta a questão da homossexualidade (neste caso, transexualidade) como condição inata, retira a perversão, elucidando ser apenas uma característica da pessoa, alheia à sua vontade. Recebeu 1 Globo de Ouro, 11 outros prêmios e 5 indicações. Roteiro/direção: Alain Berliner.
Noooossa!!! Esse filme é maravilhoso, nos emociona muito....Ludovic, inocente e de uma doçura ímpar que nos conquista com seu sorriso e olhar verdadeiros, sofre preconceito e rejeição causados pela intolerância e obtusidade da vizinhança, apenas por ser quem ele é, sem fazer mal a ninguém. Um filme especial, no tom certo, que fará com que pessoas com um mínimo se sensibilidade repensem alguns de seus preconceitos.

Elenco

Michèle Laroque/Hanna Fabre, Jean-Philippe Écoffey/Pierre Fabre, Georges Du Fresne/Ludovic Fabre.

Filme A excêntrica Família de Antonia

A excêntrica família de antonia


Antonia acorda e sabe que este é seu último dia de vida. Contudo, ela não está abalada. Faria tudo como sempre, chamaria os amigos e parentes, fecharia os olhos e morreria com o sentimento de dever cumprido. Após essa breve apresentação, voltamos ao passado para acompanhar a vida da matriarca Antonia, narrada por sua bisneta. Assim começa A Excêntrica Família de Antonia (Antonia, Holanda-Bélgica-GB), premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1996, produção peculiar e inspiradora que proporciona ao espectador sentimentos mistos de alegria, tristeza, satisfação e melancolia, retratando a vida de uma mulher espirituosa e independente, interpretada por Willeke van Ammelrooy que, no final da Segunda Guerra Mundial, vinte anos depois de partir, volta ao lugar onde nasceu, uma pequena vila no interior da Holanda, para começar uma nova vida com sua jovem filha Danielle (Els Dottermans).
Ao seu redor, a notável história de cinco gerações de uma família e de uma comunidade repleta de personagens curiosos, como uma mulher solitária, a louca Madonna (Catherine ten Bruggencate), que uiva para a lua cheia, ou o casal de "atrasados mentais" Deedee (Marina de Graaf) e Boca Mole (Jan Steen), além de um fanático estudioso de Schopenhauer e Nietzsche conhecido como Dedo Torto (Mil Seghers), entre outros.
A diretora Marleen Gorris soube dosar momentos de alegrias, tristezas, tragédias e superação de modo eficiente e integrado, passando por discussões sobre vida, morte, filosofia, matemática e religião. Até a preferência sexual das personagens é exposta de forma não apelativa e plasticamente bem feita, seja quando Daniele se apaixona pela professora da filha, nas visitas que Antônia recebe do vizinho apaixonado à noite ou mesmo no amor dos dois deficientes. A necessidade de justiça também é um tema constante. Antonia não espera por ela, mas executa-a com as próprias mãos, seja para defender seu círculo afetivo ou qualquer um que precise dela e não tenha a quem recorrer - mesmo que seus atos nem sempre sejam muito éticos. Ao acusar o estuprador Pitte (Filip Peeters) em um local público, por exemplo, desencadeou os acontecimentos que culminaram em sua morte.
Acusado de ser uma ode ao feminismo, talvez por mostrar os homens como seres secundários, sem vontade própria, que são apenas conduzidos pela imposição das mulheres da casa e seus estilos de vida que vão se sobrepondo a cada geração, percebemos que o que mantém a família de Antonia unida, apesar dos acontecimentos e das tendências de cada um, é sua própria generosidade, sempre disposta a continuar e recomeçar. Quando a morte chega, todos que partem vão com o coração tranqüilo, deixando apenas saudades e boas recordações.